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O café sem Ina!
Publicado por Professor Igor Química em Divulgação em fevereiro 6, 2012
Café descafeinado pode proteger o organismo contra diabetes tipo 2
Bebida é capaz de ativar metabolismo cerebral que é deficiente em diabéticos e em pessoas com problemas cognitivos
Revista Veja – Notícias: Nutrição
Um novo estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina de Mount Sinai, nos Estados Unidos, indica que o café descafeinado é capaz de melhorar o metabolismo cerebral associado ao diabetes tipo 2. Essa ação do cérebro, se reduzida, também pode provocar problemas cognitivos. A pesquisa foi publicada na edição de janeiro do periódico online Nutritional Neuroscience.
Os resultados mostraram que os ratos, ao receberam o café sem cafeína, foram capazes de metabolizar a glicose de maneira mais eficaz, utilizando-a como fonte de energia para o cérebro e evitando que ela se acumulasse no organismo, provocando, ou piorando, o quadro do diabetes. Esse processo de uso da glicose é reduzida em pessoas com diabetes tipo 2 e, além dessa doença, pode acarretar diversos problemas cognitivos. “O metabolismo energético cerebral prejudicado está associado ao declínio cognitivo que ocorre com o envelhecimento do indivíduo e pode impulsionar o aparecimento de doenças neurodegenerativas mais sérias, como a Doença de Alzheimer”, diz Giulio Maria Pasinetti, coordenador do estudo.
A cafeína , assim como o quinino citado no post sobre malária – A Tônica da Maleita -,
é um alcaloide de fórmula molecular C8H10N4O2. Uma característica geral dos alcaloides é que se apresenta, em sua forma isolada, como um pó branco e amargo ao paladar. Atua como um estimulante do sistema nervoso central em humanos, sendo uma das drogas psicoativas mais utilizadas no mundo… e por sorte esta é legal pois muita gente por aí é viciado nela!
Acho que nem preciso comentar muito sobre os efeitos de uma bela xícara de café, não é mesmo? Todos sabem que ela dá aquele ânimo ao acordar e principalmente no meio da tarde quando já estamos com a bateria quase indo embora. Sem contar que o café em si é um ótimo atrativo social.
Mas não vá abusando da cafeína, pois ela pode tirar seu sono!
De acordo com o ministério da agricultura (http://www.agricultura.gov.br) o Brasil é o maior produtor mundial de café e o segundo país em consumo, sendo duas variedades de grãos as mais plantadas: Arábica e Conillon (Robusta). Minas Gerais lidera a posição de Estado produtor.
Bom, voltando ao assunto do café descafeinado.
Como é o processo de retirada da cafeína do café, hein?!
O processo de descafeinação é realizado com os grãos inteiros e ainda crus, ou seja, antes da torrefação, onde se utiliza um solvente que possui afinidade química com a cafeína (“semelhante dissolve semelhante”) e assim carrega-a para fora dos grãos. Os métodos existentes de descafeinação utilizam, em sua maioria, solventes orgânicos, principalmente o diclorometano – um halogenoalcano ou haloalcano – o mais utilizado no Brasil. Também temos o uso de clorofórmio (triclorometano), acetato de etila, álcool (etanol), acetona (propanona), água e o mais legal de todos: o CO2 supercrítico.
Segundo o professor Reinaldo Bazito – que foi meu professor na USP, diga-se de passagem, os fluidos supercríticos são:
Qualquer substância que foi pressurizada e aquecida acima de sua pressão e temperatura críticas(Ponto Crítico), passando a ter propriedades intermediárias entre um gás e um líquido. Eles difundem como gases e dissolvem outros materiais como líquidos, por exemplo.
O gráfico abaixo mostra um diagrama de fases para o CO2, indicando a região em que ele se encontra no estado supercrítico (73,8 bar e 31,0oC).